Quando todos os olhares ao redor do planeta se voltam para ações práticas e urgentes na área da Sustentabilidade, como o uso de energias limpas, por exemplo, o Colégio Magno/Mágico de Oz, na Zona Sul de São Paulo, celebra um feito: o Magno se torna uma das poucas, senão, a única escola brasileira a gerar sua própria energia. A operação de placas fotovoltaicas, instaladas na Unidade Sócrates, vai garantir a geração de 100% da energia necessária para o funcionamento da maior da suas três unidades. São 20 mil m² de área construída, que concentram a circulação diária de 2500 pessoas, entre alunos, colaboradores e pais, em períodos sem a aplicação do isolamento social.
Ao todo, 284 módulos de células fotovoltaicas – 136 que entram em funcionamento agora, além de 148 que já estavam operando - passam a gerar, mensalmente, eletricidade que equivale ao consumo regular de 125 residências, aproximadamente. As placas de energia fotovoltaica estão instaladas no teto do Ginásio Poliesportivo da Unidade Sócrates e foram importadas da China. Já os transformadores foram trazidos da Alemanha.
Em breve, mais placas entrarão em operação e o excedente energético será utilizado pelas unidades Olavo Bilac e Campo Belo, cuja estrutura física não possibilita a captação solar adequada. “Com o avanço da tecnologia, nosso projeto prevê que em três anos teremos nossas três unidades operando com energia limpa: duas inteiramente e uma parcialmente abastecidas a partir da energia gerada pelas placas fotovoltaicas”, explica Maurício Tricate, diretor administrativo do Colégio Magno/Mágico de Oz.
O projeto de produção de energia a partir de uma tecnologia altamente inovadora – a fotovoltaica, que transforma luz em eletricidade (e não apenas calor, como as placas solares) – foi possível a partir de uma parceria firmada com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e iniciada há 10 anos.
Além do uso da energia limpa, outras ações já em curso no Magno/Mágico de Oz reforçam os investimentos feitos pela Escola, que destina quase 1% de todo o seu orçamento para iniciativas ambientais com resultado efetivos. Um amplo projeto que favorece a formação acadêmica e social dos alunos e permite uma relação sustentável de toda a Comunidade Magno com o Meio Ambiente.
LIXO PARA AQUECER A ÁGUA DOS CHUVEIROS - O lixo orgânico gerado nas Unidade do Magno/Mágico de Oz é usado tanto em composteiras, que geram adubo para as três hortas e jardins da escola, como abastece 10 biodigestores instalados na Unidade Olavo Bilac. Utilizando tecnologia israelense, os equipamentos convertem a energia gerada pelos resíduos, em biogás, uma combinação de gás metano e dióxido de carbono. “O gás aquece a água dos chuveiros na unidade Olavo Bilac e permite, por exemplo, mantermos a água aquecida para um total de 200 banhos por dia”, contou Maurício.
MINI-USINA - O Colégio também se dedica ao reuso de água. Atualmente são quase 200 mil litros de água de reuso, usada para fazer toda a limpeza dos pátios e sistema de irrigação, armazenada em dezenas de caixas d´água instaladas nas três unidades. A previsão é construir uma mini-usina para beneficiamento do recurso, ampliando o reuso para as pias e vasos dos banheiros.
FRALDAS USADAS QUE VIRAM CANETAS - Levando até 600 anos para se decompor, as fraldas descartáveis são consideradas grandes vilãs do meio ambiente. Sabendo disso, o Colégio iniciou o processo de reciclagem de fraldas descartáveis usadas pelas crianças do Baby Oz e Total Care. Em parceria com uma empresa especializada em tecnologia para o descarte de resíduos, o Magno transformou mais de uma tonelada de fraldas usadas, em duas mil canetas, distribuídas entre alunos, pais e visitantes.
“São muitas as nossas frentes de atuação, como escola modelo em sustentabilidade: energia limpa, reuso da água, destinação correta dos resíduos sólidos, orgânicos. Há também um amplo projeto de aquaponia, com o aproveitamento da água da criação de peixes para irrigar as hortaliças nas nossas hortas, além das muitas campanhas pedagógicas, lideradas pelos alunos, como a Copo Zero. Com ela, o uso de copos descartáveis nas unidades do Magno/Mágico de Oz, que era de 125 mil copos/mês, foi reduzido a zero. Enfim, nosso objetivo é que o Magno seja um lugar que segue como modelo de um conceito de emissão zero. Um lugar 100% sustentável”, conclui Maurício.