Por Cláudia Tricate*
COP26, Fórum Econômico Mundial, Agenda 2030, BRICS – aceleradamente, os temas planetários se tornam parte do dia a dia do cidadão comum. Passam a ser assunto na mesa, nas conversas entre amigos, nas preocupações dos jovens, na pauta política. Esta é uma das faces do fenômeno da globalização, que também se mostra na educação, na cultura, na vida social.
Torna-se cada vez mais claro que as fronteiras entre o local e o global parecem difusas; a noção de território e nacionalidade fica mais complexa. O lema pensar globalmente, agir localmente agora parece pleno de sentido. Mas, o que a Educação tem a ver com isso? Tudo.
Na aldeia global, um projeto de ensino que feche os olhos para a consciência de uma casa planetária não prepara os jovens para o mundo em que viverão. Pior: não contribui para que seja possível uma real valorização da diversidade cultural, da capacidade de entendimento, da fruição da riqueza que existe em cada língua, cada povo, cada país.
Por isso, falar em educação internacional vai muito além de propor um bilinguismo como um caminho pedagógico: trata-se de ver a língua como veículo de cultura, e não apenas uma ferramenta de comunicação. Em um tempo não muito distante, tradutores universais instantâneos terão seu uso difundido e permitirão a todos manterem diálogos antes só entrevistos na ficção científica. Mas, nenhuma máscara nos ensinará a apreciar o diferente, a buscar compreender a visão do mundo sob uma ótica cultural diferente, a ver beleza e sabedoria nas expressões criativas de outras pessoas, coletivos, países.
II.
A educação internacional vê no domínio da língua estrangeira, na proficiência, uma condição necessária, mas não suficiente. Sim, os alunos precisam aprender inglês – e no Magno isso é comprovado por todas as certificações de Cambridge, atingidas por quase a totalidade dos alunos. Mas, o aprendizado não se limita às aulas do idioma, acontece em um movimento de aprendizagem mais profundo, baseado no diálogo, na compreensão dos fatores sociais, políticos e culturais que permeiam as relações entre os povos, na construção de projetos de vida que considerem o estudo e o trabalho em outros países. A perspectiva de Cidadania Global traz um conceito mais abrangente, que deve estar plenamente articulado com o projeto pedagógico, como é o caso do Magno.
Por isso, fazem parte de um mesmo projeto: um ensino de inglês de excelência, a parceria estreita com a Universidade do Missouri, a presença ativa na Rede de Escolas Associadas da UNESCO, a participação em fóruns globais, como a COP26, a formação de nossas equipes no Brasil e no exterior, a realização de projetos de intercâmbio por nossos alunos.
* Cláudia Tricate é pedagoga, psicóloga, mestre em Psicologia e diretora pedagógica do Colégio Magno/Mágico de Oz.